Itália  

História

Pré-história
Os achados pré-históricos permitem evidenciar que o território itálico foi habitado desde o período paleolítico inferior. Encontrados em maior quantidade no posterior período  paleolítico mediano, no qual aparecem também indivíduos da raça de Neandertal (uma das raças humanas mais antigas). Depois desse período, com o aparecimento dos utensílios de cobre e a difusão da cultura neolítica do vaso campaniforme (que tem a forma de campânula ou sino), floresceram as diferentes culturas: a era do bronze, que registrou ao norte o grande desenvolvimento dos estabelecimentos em palafitas; ao longo da península as civilizações de origem pastoris; e no sul a crescente influência do mundo cultural dos egeus. Somente na era do ferro é que se caracterizaram vários agrupamentos nos quais foram reconhecidos os povos da Itália pré-romana com uma fisionomia peculiar: a Noroeste os Líguri; a Nordeste os Véneti; os Etruscos na zona correspondente a atual Emília e Toscana; as populações itálicas (Umbri, Sabini, Latinos, Equi, Volsci, Samnitas, Campani, Lucani, Bruzi, etc..) na zona centro-meridional; Lapigi na Puglia; Siculi e Sicani na Sicília; Sardi na Sardenha. Os Etruscos ocuparam um território entre o Pó e a Campânia, enquanto os gregos ocuparam as costas meridionais, de Taranto e Cumas, os Celtas estabeleceram-se na planície do Pó. Por diversas vezes, a rivalidade existente entre estes povos,  de diferentes origens e níveis culturais, resultaram em conflitos armados, sobretudo entre Gregos e Etruscos. Os Etruscos, sentindo-se ameaçados pela expansão dos gregos, aliaram-se com Cartagineses e juntos destruíram a frota dos gregos, com a vitória de Alalia, em 540 a.C. nas águas de Aleria.  Uma vez que apoderaram-se de Córsega, progrediram além do Lazio para a conquista da Campânia. Foram derrotados ao largo de Cumas ( 524 a. C. ) e expulsos da Campânia. Finalmente enfrentaram diversas vagas de invasões celtas, no início do séc. IV a.C., que os forçou a se retirarem. O seu poder reduziu-se sempre. Na metade do V século A.C., os Samnitas desceram das montanhas do Abruzzo e Molise para ocupar as férteis planícies, e na Itália setentrional os Galli (inserindo-se entre Liguri e Veneti), irromperam na planície Padana, de onde espalharam-se por toda a península. Naquele tempo Roma iniciava a sua obra-prima político-militar, a conquista e a unificação da Itália (desde o IV até o II século A.C.). Conseguiu este objetivo através de numerosas guerras (com os Latinos, Etruscos, Galli, Samnitas e Gregos), e de uma arte de governo moderada e construtiva. O nome Itália estendeu-se por boa parte da península, e o latim tornou-se a língua comum. Após ter aniquilado os republicanos em Filipos (42 A.C.) e em seguida Lépido, Otávio (filho adotivo de César) incorporou a Gália Cisalpina à Itália, cuja fronteira foi transferida para o topo dos Alpes italianos. Com Otávio, o poder pessoal impôs-se definitivamente. Único senhor de Roma dali em diante, Otávio reorganizou o Estado. Em 27 a.C. recebeu do Senado o título de Augusto, cujo caráter sagrado e divino sublinhava que ele detinha uma autoridade superior à do Senado. Com a afirmação do cristianismo a Itália ficava com outra função de preeminência: em Milão, que passou a ser a capital contra as ameaças dos Bárbaros, Sant'Ambrogio impunha a sua vontade ao Imperador Teodosio; em Roma cujo papado colocava as bases da sua autoridade universal.

Idade Média

As invasões bárbaras
Com a morte de Teodósio I (O Grande) em 395, o Império do Ocidente passou para seu filho Honório. Invadido pelos bárbaros durante o século V, a divisão do império romano tornou-se definitiva. Roma foi saqueada pelos godos de Alarico (410) e depois pelos vândalos de Genserico (455), enquanto o poder imperial tornava-se cada vez mais teórico. Um outro povo porém fez irrupção na Itália conquistando o norte, os Lombardos (568), enquanto os bizantinos conservaram apenas algumas terras na Itália meridional e ao redor de Ravena, onde se desenvolveu uma brilhante civilização. Por fim, em Roma, o poder pontifical organizou-se sob o estímulo de GregórioI (590-604). Com a expansão dos lombardos no norte da Itália (tomada de Ravena, 751), o papado decidiu recorrer aos soberanos carolíngios. Pepino (o Breve) e depois Carlos Magno (774), intervieram em favor do soberano pontífice, pondo fim ao domínio dos longobardos.

A época Carolíngia
Carlos Magno foi coroado imperador pelo Papa Leão III na noite de natal do ano 800. Ele introduziu na Itália o sistema feudal francês dividindo a península em grandes feudos dirigidos por comissões. Depois da sua morte, os seus sucessores não souberam manter a unidade política do império. Muitos personagens disputaram por longo período a coroa imperial até quando Oto I (rei da Germânia), fez valer seus direitos de sucessão sobre o reino da Itália e foi coroado imperador, em Roma, pelo papa João XII (962). Assim nasceu o Sacro Império Romano Germânico.

A época das Comunas
O fenômeno das instituições comunais foi, no inicio, a manifestação da vontade de autonomia das cidades da Padania e da Toscana, expressa pela pequena nobreza local e apoiada pelos Bispos. Logo surgiram muitas Comunas em toda a Itália. Controladas pelos mercadores, cidades como Gênova e Veneza tornaram-se ricas e prósperas, graças, sobretudo, às primeiras cruzadas. Frederico I de Svevia, o Barba-rocha, (1152-1190) reivindicou os direitos dos soberanos que tinham sido usurpados pelas Comunas, e lutou em Legnano (1176) contra a Liga Lombarda (organizada pelas Comunas), mas foi derrotado. Com a batalha de Benevento (1266) instaurou-se na Itália o predomínio dos Angioini. No sul, uma guerra entre Angioini e Aragonesi durou vinte anos.

Estados Senhoris e Principescos
Nos séculos XIV e XV, muitas cidades comunais tiveram um brilhante  desenvolvimento industrial (têxtil em especial), comercial (Gênova e Veneza) e bancário (Florença). Após as crises do século XIV (problemas sociais, pestes), o poder passou para as grandes famílias locais (Visconti, depois Sforza, em Milão; Medici em Florença) e somente Veneza e Gênova permaneceram repúblicas. As lutas para a hegemonia entre Milão, Florença e Veneza, resultaram em paz. Essas cidades tiveram então, um invejável desenvolvimento artístico, cujo caso mais exemplar foi Dante e Petrarca (Boccaccio) em Florença. A paz de Lodi (1454) instaurou uma nova política de equilíbrio. No fim da Idade Média a Itália, refinada e rica, mas enfraquecida devido as suas divisões  (Nápoles, Roma, Florença, Veneza e Milão) acabou por se tornar uma presa cobiçada por seus poderosos vizinhos (França, Espanha e Áustria). 

As guerras de predomínio e a prepotência Espanhola
O equilíbrio entre os Estados italianos não resistiu ao ataque de Carlo VIII de França. Com ele começaram as guerras para o predomínio sobre a península, que duraram desde o ano de 1494 até 1559.  Os protagonistas principais foram a França, Espanha e o Império, ao lado ou contra os Estados italianos. O predomínio da Espanha foi mantido até os primeiros anos do século XVIII.  Domínios diretos da Coroa Espanhola foram os Reinos de Sardenha, Sicília e Nápoles, o Ducado de Milão, algumas partes da costa do Mar Tirreno, a ilha Elba e Piombino. Os franceses devolveram o Piemonte aos Savoia. Apesar destas guerras, a Itália viveu, entre o 1454 e 1559, um férvido período cultural. Entre as personalidades que o caracterizaram, foram Leonardo, Raffaello, Michelangelo, Ariosto, Machiavelli e Guicciardini.  A atitude dos súditos em relação à Coroa Espanhola foi, em geral, de lealdade e de devoção. No Reino de Nápoles, as pressões tributárias e o serviço militar (mais suportáveis em Milão), massacravam a população pobre e em condições de crônico desequilíbrio social. Sem subestimar o trabalho do governo Espanhol para a proteção do território dos ataques externos, o esforço para submeter à disciplina os Barões, as providências para o saneamento urbano da Capital e para o incremento da atividade produtiva, é de se observar que o mal-estar da população continuava crescendo e, mesmo permanecendo vivo um sentimento de devoção à coroa, não faltaram motins. O mais grave foi o motim ligado ao nome de Masaniello (1647) que culminou, no outono de 1647, na proclamação da República Sereníssima do Reinado de Nápoles. Mas os Espanhóis sufocaram a rebelião na primavera de 1648. Entre os Estados independentes da dominação espanhola, o mais importante era aquele da Igreja, governada, entre a metade do século XVI e o fim do XVII, pelos Papas promotores e executores da restauração católica. A política eclesiástica, todavia, era mais dirigida para aumentar os domínios territoriais e  garantir a segurança  frente aos perigos, quer de desagregação interna quer de ataques vindo do exterior. Veneza permaneceu neutra as guerras da Itália depois de 1530. Durante a guerra contra os Turcos para apoderar-se de Cipro, foi ajudada por uma cruzada e por navios espanhóis, sabaudos, toscanos e pontifícios. Os Estados sabaudos não foram quase tocados pelo domínio espanhol que tentaram também conquistar algumas propriedades francesas. Entre o fim do ano de 1600 e o começo de 1700, a Itália foi também palco de choque entre as potências européias. Os tratados do Cateau-Cambrésis puseram fim às guerras. A passagem da Itália para os Habsburgo da Áustria, após o tratado de Utrecht (1713), trouxe certa renovação em Milão (brilhante centro intelectual) e Veneza (brilhante cultura). 

O predomínio Austríaco
Com a paz de Utrecht a Áustria ocupou o lugar da Espanha como potência dominante na Itália, conseguindo os territórios de Milão e Nápoles, a Sardenha, e o Estado dos Presídios, enquanto Vittorio Amedeo II de Savoia, que queria conquistar Milão, teve que contentar-se do Monferrato e da Sicilia com o título de Rei.  A Lombardia austríaca (que abrangia as hodiernas províncias de Milão, Como, Varese, Cremona, Mantova e Pavia) recebeu um notável impulso do reformismo dos Asburgi e foi, junto com a Toscana, o Estado italiano onde foi maior a eficácia do movimento iluminista e onde os processos de transformação econômica manifestaram-se nos aspectos mais positivos. A Itália no fim do ano 1700 foi afligida por uma violenta crise social, representada em particular pela crescente miséria das populações camponesas, e pelas dificuldades financeiras de quase todos os estados italianos. Sobre esta situação influiu poderosamente a revolução francesa, que encontrou um terreno fértil nas agregações mais vivas das classes intelectuais italianas, em especial entre os mais jovens, que, tinham recebido do iluminismo uma educação inspirada às idéias de liberdade e de igualdade, de soberania popular e dos direitos do Homem.

As origens do "Risorgimento Italiano"

A época jacobina e napoleônica (1796-1814).
O abandono das reformas, fez com que uma parte da classe dirigente iluminista se destacasse dos Governos (Melzi, Verri, GB. Vasco), abraçando posições constitucionais moderadas que prepararam a adesão dos mesmos aos governos republicanos. Formaram-se minorias patriotas e jacobinas (em parte derivadas da maçonaria) que iniciaram uma vivaz atividade conspirativa seguida por repressões policiais e execuções capitais. Napoleão iniciou a sua penetração na Itália em março de 1796. Uma assembléia eletiva, convocada antes em Reggio Emilia e depois em Modena (27 dezembro 1796 - 1 março 1797), aprovou a criação de uma República Cispadana única e indivisível, com uma Constituição muito moderada e moldada sobre àquela francesa de 1795, e que foi a única do triênio republicano a não ser imposta pelos franceses. Em julho de 1797 Bonaparte decidiu dissolver a Cispadana, e agregou-a (junto com a Romana) à República Cisalpina, nascida em 29 de junho de 1797. No dia 6 de junho foi criada a República Ligure democratizada. Com a cessão do Veneto para a Áustria, sancionada com a paz de Campoformio (17 de outubro/ 1797), o movimento jacobino acusou um duro golpe. Roma também foi ocupada pelos franceses e foi criada a República Romana (1798). Em 1805 Napoleão, já imperador, assumiu o título de Rei da Itália e transformou a República Italiana em Reino da Itália. Depois da derrota de Napoleão em Lipsia (1813), nasceu a esperança que fosse possível conseguir, para os reinados napoleônicos na Itália, a independência quer da França quer da Áustria. A Áustria aproveitou-se desta situação para instaurar uma regência que, no dia 12 de junho decretou a anexação da Lombardia ao Império austríaco. O destino da Itália foi definitivamente decidido no Congresso de Vienna, que restaurou os antigos Soberanos (a chamada Restauração).

O "Risorgimento Italiano"
Depois da restauração, o desejo de independência espalhou-se por toda a Itália. Em todos os lugares desenvolveram-se agregações revolucionárias e sociedades secretas (Carbonários), inspiradas pela ideologia da Revolução francesa, que fomentaram alguns complôs. A primeira atuação foi da Carboneria Napolitana (1820), que conseguiu do Rei Ferdinando a Constituição Espanhola de 1812. Muitos outros motins explodiram depois em toda Itália, mas foram todos severamente reprimidos. Homens como Mazzini (que fundou em 1831 a associação de patriotas "Giovine Itália"), Buonarroti, Balbo e Gioberti que levantaram o problema da unidade nacional, propondo diferentes soluções (enquanto Gioberti desejava um estado sob a direção do Papa, Mazzini esperava uma revolução que teria levado à República). Foi no ano de 1848 que se iniciaram verdadeiras batalhas para a independência. Revoltaram-se Palermo, Milão (os Cinco Dias de Milão) e depois Veneza. Carlo Alberto de Savoia socorreu os revolucionários, e assim fizeram outros soberanos. O rei de Piemonte, Carlos Alberto, derrotado pelos austríacos em Custoza, foi compelido a abdicar em favor do filho. As iniciativas revolucionárias que se seguiram, por obra de Mazzini e Pisacane, não tiveram sucesso. Começava a tomar forma o moderantismo de Cavour (presidente do conselho no estado dos Savoia) que desejava uma união dirigida pelo Piemonte. Cavour estabeleceu um acordo com Napoleão III (Plombiéres, julho de 1858) com o qual a França aceitava  ajudar a Itália em caso de ataque austríaco. Isto ocorreu durante a II guerra de Independência que concluiu-se inesperadamente com o armistício de Villafranca (estipulado por Napoleão), apesar das vitórias italianas em Solferino e San Martino. Os Savoia conseguiram somente a Lombardia. Cavour, decepcionado, demitiu-se para depois voltar à cena política em 1860, quando Napoleão deu o seu consentimen*to para os plebiscitos que a Toscana e a Romagna pediam para a anexação ao Piemonte. Depois da insurreição de Palermo (abril de 1860), Garibaldi assumiu a chefia de uma expedição (expedição dos 1000) que partiu de Quarto em maio de 1860, e que teve sucesso com a conquista da Sicília e de Nápoles e com o encontro entre Garibaldi e o rei Vittorio Emanuele II, que entrou em Roma e derrotou o exército do Papa em Teano (outubro de 1860). No dia 17 de março de 1861 foi publicado o decreto que proclamava o Reino da Itália sancionando a sua Unidade.

A Itália Unida
A Câmara do novo Reino, cujos deputados eram eleitos na base de colégios uninominais compostos por um eleitorado que representava somente  2% de toda a população da península, era dividida em dois blocos, uma direita, formada por liberais conservadores e moderados, e uma esquerda, que agrupava os democratas e os liberais mais progressistas  preocupada sobretudo em solucionar os problemas da unificação. Depois da morte de Cavour (6 de junho de 1861) foi chamado ao poder Bettino Ricasoli, que preocupou-se dos imediatos problemas administrativos criados pela formação do Estado Unitário, resolvendo-os com a centralização administrativa e com a divisão do Estado em 59 Prefeituras dependentes do Ministério da Administração Interna, e unificou a dívida pública assumindo o déficit dos Estados desaparecidos. No Sul começou uma dura repressão ao banditismo, e a luta prolongou-se até o ano de 1865, causando mais de cinco mil mortos entre as fileiras dos bandidos. Entretanto o Partido de Ação fazia pressão para a libertação de Roma e do Veneto. Amadurecia então a possibilidade de conquistar o Veneto através de uma aliança com a Prussia, a qual contraditava abertamente com a Áustria. Mesmo entre dificuldades e desconfianças recíprocas, as negociações redundaram no tratado do dia 8 de abril de 1866, e a Itália entrou em guerra logo depois e conseguiu o Veneto. Depois da derrota de Napoleão III em Sedan, sob a pressão da esquerda e da maioria da opinião pública, e exauridas todas as tentativas de um acordo com Pio IX, as tropas do general Raffaele Cadorna entraram no Estado Pontifício e conquistaram Roma (20 de setembro de 1870). O Papa, coerente com suas posições anteriores, não reconheceu o fato consumado, e o Governo deu uma solução unilateral às relações com o Vaticano (com a Lei das Garantias 1871). As eleições de novembro de 1874 marcaram um insucesso da Direita histórica, e em março de 1876 o Rei teve que chamar ao governo Agostino Depretis, chefe da esquerda parlamentar. No Pais espalhavam-se e organizavam-se as primeiras forças de uma esquerda declaradamente Socialista. Durante o governo de Depretis o censo eleitoral passou a abranger um número maior de eleitores, em consequência do qual  passaram de 600.000 para mais ou menos 2 milhões (1882). Depois do ano de 1880, com medo de permanecer isolado na Europa, o governo começou uma cautelosa expansão na África e procurou aliança com os Impérios Centrais (Tríplice aliança em 20 de maio de 1882, renovada em fevereiro de 1887 com condições mais vantajosas). Depois da morte de Depretis em agosto de 1887, a Presidência do Conselho foi assumida por Francesco Crispi. No mês de março de 1896 Crispi, que recomeçou a política de expansão colonial na África para solucionar também as dificuldade internas, foi derrubado por causa da derrota de Adua (1 de março de 1896). Entre os meses de abril e maio de 1898, sucederam-se muitas manifestações que culminaram nos "Cinco dias de Milão" onde o general Bava-Beccaris usou o exército para uma repressão sanguinária que foi logo seguida por uma proclamação de estado de sítio em quase todas as províncias, e pela perseguição contra os socialistas e católicos, ambos acusados de ter provocado os tumultos. A vastidão da crise do ano de 1898 empurrou o Governo Pelloux (constituído em junho de 1898) a acentuar a política iliberal, apresentando uma série de decretos-lei para a restrição das liberdades de greve, de imprensa e de reunião. Em junho de 1900 Giolitti sucedeu a Pelloux, e logo retirou as leis iliberais.

A Época de Giolitti e a Primeira Guerra Mundial
O período 1900-1913 caracterizou-se pela figura de Giolitti que foi várias vezes Presidente do Conselho. Com ele a Itália teve um período de grande expansão econômica. Em 1912 fez aprovar a reforma eleitoral que previa o sufrágio universal masculino, estendendo o voto a todos aqueles que já haviam prestado o serviço militar, e também aos analfabetos. Em política estrangeira reiniciou a campanha para a conquista da Líbia (1911-1912). Giolitti pediu demissão em março de 1914 depois do insucesso eleitoral em 1913, onde se registrou enorme crescimento dos socialistas e dos católicos. Salandra, que sucedeu Giolitti, introduziu a Itália no primeiro conflito mundial em 24 de maio de 1914.

A Itália entre as duas guerras
Terminada a primeira guerra mundial, a Itália mesmo vitoriosa, teve que encarar uma situação muito grave (do ponto de vista econômico-social), e que a velha classe dirigente liberal não soube enfrentar, enquanto afirmavam-se dois partidos de massa, o Partido Socialista e o Partido Popular Italiano (fundado por Don Sturzo em 1919). Mussolini fundou em Milão o "Movimento dei Fasci Italiani di Lotta" (23 de março de 1919), com um programa ultra-democrático e ao mesmo tempo nacionalista. Durante todo o ano de 1921 a violência fascista desencadeou-se na Itália contra as organizações socialistas, espécie na Val Padana, muitas vezes com a conivência das autoridades. No partido socialista amadurecia então uma crise que, em janeiro de 1921, desembocou na cisão da minoria, que aderia aos vinte e um pontos da Terceira Internacional, e que fundou o Partido Comunista Italiano (congresso de Livorno). O movimento fascista (que foi constituído em partido no dia 9 de novembro de 1921 num Congresso em Roma) ficava sempre mais forte. No Congresso Nacional Fascista de Nápoles, no dia 24 de outubro, o Duce anunciou a marcha sobre Roma, que foi realizada no dia 28 do mesmo mês. Mussolini recebeu do Rei a tarefa de formar o governo, que foi instalado no dia 31. O primeiro governo Mussolini foi um governo de coalizão com expoentes liberais e populares, e que foi apoiado do exterior também por Giolitti, porque a velha classe dirigente pensava ainda que fosse possível chegar a uma padronização e constitucionalização do fascismo. Entre o mês de novembro de 1922 e o mês de junho de 1924, o fascismo tirou todos os poderes dos outros partidos e criou seus próprios órgãos, como o Grande Conselho e a Milícia (janeiro de 1923), que assegurava a Mussolini um
instrumento independente da normal organização militar do estado. Em 25 de janeiro de 1924 o Rei privou a Câmara de seus poderes por meio de um decreto-lei, mas só depois que os dois ramos do parlamento aprovaram a Lei eleitoral majoritária "Acerbo", que foi aplicada nas eleições do dia 6 de abril em um clima de violências e de abusos. Com uma lei do dia 24 de dezembro de 1925, Mussolini, que acumulou as funções de chefe do governo e de primeiro ministro, foi investido de total autoridade executiva, que exercia em nome do Rei e sem a ingerência do parlamento que foi privado da iniciativa de legislar. Um elemento muito importante da política do fascismo foi a conciliação do Estado com a Igreja (pactos lateranenses de 11 de fevereiro de 1929), que serviu a Mussolini também para fortalecer o prestígio do fascismo e para utilizar o apoio da igreja como instrumento de expansão nacional. Em política externa, Mussolini pensava na Etiópia como campo de expansão colonial. Depois da rápida vitória (maio 1936) e a proclamação de um império efêmero, cuja coroa foi oferecida a Vittorio Emanuele III, começou uma aproximação italo-germânica que foi fixada nos acordos de Berlim do dia 23 de outubro de 1936 (O Eixo Roma-Berlim, como o definiu Mussolini no discurso de Milão em 1 de novembro de 1936). Este pacto foi testado com a intervenção em soccorro da Franca, na guerra civil de Espanha (1936-1939), e consolidou-se com a estipulação do Pacto de Aço (22 de maio de 1939).

A Segunda Guerra Mundial
Em 1940 a Itália entrou no conflito, ao lado da Alemanha, depois de um período inicial de não beligerância e após algumas incertezas devidas ao fato que o ministro do exterior Costanzo Ciano (depois de ter sido um defensor do Eixo) estava esfriando o seu entusiasmo em relação à Alemanha. A distância entre o País e o Regime estava aumentando progressivamente, sobretudo quando foi bastante claro que a preparação militar italiana estava totalmente inadequada e que os cálculos de Mussolini estavam errados. De fato ele foi posto em minoria na Assembléia do Grande Conselho de 25 de julho de 1943, foi preso por ordem de Vittorio Emanuele III, que entregou o poder a um governo presidido por Pietro Badoglio e composto por técnicos e militares. No mês de agosto de 1943 Badoglio iniciou as negociações com os Aliados, que concluiram-se com o armistício de Cassibile (3 de setembro) e que foi anunciado prematuramente no dia 8 de setembro pelo governo italiano. O governo Badoglio, que estava refugiado ao sul (junto com o Soberano) sob a proteção dos aliados, enquanto Roma era ocupada pela Alemanha, assinou um novo armistício no dia 29 de setembro em Malta e no dia 13 de outubro declarou guerra à Alemanha, enquanto os reconstituídos partidos antifascistas (democrático cristã, socialista, comunista, liberal, demolaburista, de ação, republicano) recusavam-se a colaborar com Badoglio e com a monarquia. Na Itália ocupada pela Alemanha, nascia então a República Social Italiana, comandada pelo mesmo Mussolini (23 de setembro de 1943 em Salò). Contra os fascistas da república de Salò e contra os alemães, organizou-se o Movimento da Resistência que desenvolveu-se depois do dia 8 de setembro em toda a Itália, primeiro como fenômeno espontâneo e depois como organização militar no Comitê de Liberação Nacional (CLN).  Roma foi libertada nos dias 4-5 de junho de 1944, e logo depois foi proclamada a lugar-tenência e foi formado um novo governo presidido por I. Bonomi, presidente do CLN central.  Desde fevereiro de 1945 intensificou-se a atividade das formações partidárias (Partigiani), que culminou na insurreição geral do mês de abril de 1945 e na libertação total do território nacional. No mês de junho de 1945 formou-se o ministério presidido por Ferruccio Parri, secretario do partido de Ação e expoente partidário (partigiano), como solução de compromisso entre as opostas candidaturas de Alcide De Gasperi (DC) e Pietro Nenni, secretario do partido socialista.

A República e o pós-guerra
Em março-abril de 1946 o governo convocou as eleições administrativas, que marcaram a nítida prevalência dos partidos de massa (democrata-cristãos, socialistas e comunistas), enquanto os outros partidos eram reduzidos às justas proporções pelos eleitores. O governo marcou para o dia 2 de junho de 1946 as eleições políticas para a eleição de una Assembléia Constituinte, que deveria elaborar uma nova Constituição, contemporaneamente a um referendo institucional. Pouco antes das eleições, Vittorio Emanuele III abdicou (9-10 de maio). A solução republicana prevaleceu com 54% dos votos (12.717.923 contra 10.719.284). Os três partidos maiores (juntos com o menor partido republicano) formaram o novo Ministério De Gasperi. Foi este o governo que, no dia 10 de fevereiro de 1947, assinou o Tratado de paz (ratificado depois no outono). As cláusulas do tratado previam para a Itália, além da perda da Istria a favor da Iugoslávia e de pequenas correções na fronteira alpina a favor da França, a renúncia às colônias, o  ressarcimento às potências vitoriosas e a forte redução das forças armadas. Permanecia porém aberta a questão de Trieste e a controvérsia com a Áustria para o Alto Adige. A Constituinte reuniu-se no dia 25 de junho de 1946 e, dois dias depois, elegeu Enrico De Nicola como chefe provisório do Estado, e nos meses a seguir elaborou a Constituição republicana, aprovada no dia 22 de dezembro de 1947 e entrava em vigor no dia 1 de janeiro de 1948. As primeiras eleições depois da entrada em vigor da Constituição aconteceram no dia 18 de abril de 1948 em um clima de tensão. A Democracia Cristã conseguiu a maioria absoluta das cadeiras com 48, 5% dos votos. No dia 11 de maio de 1948 o liberal Luigi Einaudi foi eleito Presidente da República. Em política externa a Itália acentuou o seu alinhamento ao Ocidente aderindo à Aliança militar da OTAN. No campo das relações internacionais, um feito importante foi a definição do problema de Trieste, que foi resolvida no período do Ministério Scelba (10 de fevereiro de 1954 - 22 de junho de 1955) através de um acordo com Tito (outubro de 1954) que estabeleceu uma repartição do território livre com a sucessiva incorporação de Trieste à Itália. Entretanto estavam acontecendo processos e transformações de notável importância dentro dos principais Partidos. As eleições políticas de 1958 não causaram grandes mudanças no cenário político italiano. A incumbência de formar o governo foi conferida a Amintore Fanfani, que deu vida a um ministério fundado sobre uma coalizão entre democrata-cristãos e social-democratas, que pode realizar-se graças a abstenção dos sete deputados republicanos (26 de janeiro de 1959 - 2 de fevereiro de 1962). O governo Fanfani orientou-se a esquerda. Fanfani demitiu-se por causa de contrastes internos na DC, e criou-se um governo de ordinária administração presidido por Antonio Segni (15 de fevereiro de 1959 - 26 de fevereiro de 1960), constituído somente por democrata-cristãos com o apoio dos liberais, dos dois partidos monárquicos e do Movimento Social Italiano. Neste período, na Democracia Cristã emergia o novo secretário Aldo Moro. Em maio de 1962 desenrolou-se a disputa para a Presidência da República, na qual saíram vitoriosas as forças moderadas e conservadoras que elegeram Antonio Segni depois de nove escrutínios. O período entre 1959 e 1963, foi caracterizado por um crescimento vertiginoso da produção industrial na história da economia do país, que transformou a Itália em um país altamente industrializado. As eleições para a quarta legislatura republicana (28-29 de abril de 1963) confirmaram a maioria relativa da DC. As negociações para um novo governo de centro-esquerda, foram conduzidas por Aldo Moro, que alcançou um acordo entre os quatro partidos do centro-esquerda. O congresso socialista (24 de outubro) aprovou a decisão de uma coalizão com a participação direta dos socialistas. Assim Moro pode apresentar o novo governo (Moro presidente do conselho e Pietro Nenni vice-presidente), cujos pontos marcantes foram: a promulgação de um programa econômico quinquenal, a instituição das Regiões e uma série de reformas na educação e no campo urbanístico e agrário. O ano de 1969 foi o mais conturbado desde o inicio da República e marcou uma nova mudança na direção da sua história. Começaram a surgir agitações sindicais, diminuição da atividade produtiva e desconfiança na estabilidade econômico-política do país. Aumentaram o déficit da balança comercial e a fuga dos capitais para o exterior. Neste clima de tensão aconteceu o trágico episódio do atentado de Praça Fontana em Milão, que provocou a morte de 16 pessoas. Em 23 de maio de 1970 houve um violento choque entre os fascistas e a polícia. Toda a década de 70 foi caracterizada por atuações sanguinárias de terrorismo que assolaram a Itália. Em 24 de dezembro de 1971 foi eleito Presidente da República o jurista democrata-cristão Giovanni Leone. Depois da falência da tentativa de reconstituir um governo de centro-esquerda, o novo Presidente da República encarregou Giulio Andreotti de formar um governo minoritário que porém não conseguiu a confiança do senado. No dia 28 de fevereiro, conseqüentemente, decidiu-se pela primeira vez em dissolver as Câmaras, e Andreotti foi chamado de novo para formar o novo governo. Ele experimentou uma fórmula política centrista sustentada pelo tripartido DC-PLI- PSDI sem a participação do PSI, PRI e das correntes de esquerda da DC. Este governo porém caiu em junho de 1973 e retornou-se a fórmula de centro-esquerda. No decorrer do ano 1974 ressurgiram então as atividades subversivas dos terroristas (massacre de Brescia, atentado ao trem Italicus da linha Roma-Monaco). Em outubro caiu definitivamente o quinto governo Rumor por causa dos contrastes entre PSI e PSDI. Depois de um tentativa ineficaz de Fanfani, Moro conseguiu formar o novo governo DC-PRI com apoio externo do PSI e PSDI. Além da recessão que o Pais estava atravessando, o governo Moro teve que encarar o problema da ordem pública por causa das violentas criminalidades e das graves desordens políticas. As eleições administrativas de 15 de junho de 1975, que pela primeira vez viram a participação dos jovens de dezoito anos, registraram uma perda da DC e um forte progresso do PCI. Depois destas eleições a política interna entrou numa nova fase. Em setembro o Presidente do Conselho Moro enfrentou o tema do coinvolgimento do PCI na maioria. Este fato representou o inicio da política de solidariedade nacional. Autor do compromisso foi Andreotti, que formou um governo formado pela DC sozinha (terceiro governo Andreotti), e que era sustentado somente pelas abstenções, e portanto não tinha uma maioria orgânica. Em janeiro de 1978 foi aberta a crise de governo, e o mesmo Andreotti começa as negociações para formar o novo governo, enquanto a DC vetava uma nova maioria que incluísse o PCI. Andreotti apresentou o seu quarto governo que era novamente formado pela DC sozinha. Não teve espaço para as polêmicas porque no dia 16 de março as Brigadas vermelhas sequestraram o Presidente da DC Aldo Moro, e no dia 9 de maio o seu cadáver foi encontrado na rua Caetani, na metade do caminho entre as sedes da DC e do PCI. Um dia depois o Ministro da Administração Interna Cossiga renunciou ao cargo. Em junho o Presidente da República Giovanni Leone também renunciou ao Cargo, arrastado pelas acusações de ter participado de operações financeiras pouco ortodoxas, e para sucessor foi eleito Sandro Pertini. A Itália era assolada pelos escândalos, que atingiram também a direção do Banco da Itália (23 março 1979), enquanto o Presidente Pertini, depois da renúncia do Primeiro Ministro La Malfa, procurava achar uma solução à crise de governo, entregando de novo a tarefa para Andreotti. As eleições políticas de 3-4 de junho, marcaram uma grave derrota do PCI e o avanço do partido socialista e dos partidos laicos, enquanto a DC mantinha as suas posições. Este resultado foi devido sobretudo ao novo fenômeno do abstencionismo (sobretudo dos jovens) que era destinado a crescer nos anos oitenta. Em abril Francesco Cossiga formou um novo governo sustentado pela coalizão DC-PSI-PRI. Continuam então numerosos atentados terroristas que culminaram no massacre da estação ferroviária de Bologna (2 de agosto), no qual 85 pessoas perderam a vida e 147 foram feridas. O 1981 iniciou-se com os problemas econômicos devidos à inflação e ao déficit da balança comercial. Uma outra crise obrigou o Presidente da Republica Sandro Pertini a dissolver as Câmaras e anunciar eleições antecipadas em junho de 1983. No mês de julho Pertini encarrega Bettino Craxi de formar o governo. No mês de agosto Craxi apresentou às Câmaras o seu governo que era formado pela coalizão DC-PSI-PSDI-PRI-PLI, com um programa que tinha o objetivo de sanear a economia. Em 1984 teve a batalha entre governo e oposição sobre o problema do custo do trabalho. Em muitas cidades aconteceram greves e manifestações (na manifestação de Roma do dia 24 de março participou mais de um milhão de trabalhadores). Em fevereiro o governo Craxi assinou com a Santa Sé a nova concordata, que gerou muita polêmica sobretudo pelo ensino religioso nas escolas. Depois de várias crises e caídas de governos, as eleições de 14-15 de junho de 1987 registraram a derrota do partido comunista e a avançada das duas maiores forças de governo (DC e PSI). No dia 16 de dezembro terminou em Palermo o processo histórico à máfia, com numerosas condenações. Este processo foi possível graças as revelações dos "arrependidos". Em 1988 o Presidente Cossiga encarregou o secretário da DC, Ciriaco De Mita, de formar o governo. Mas o governo de Ciriaco De Mita foi logo enfraquecido pelas controvérsias entre os partidos da coalizão (especialmente entre o PSI e a DC) e pelas lutas entre as diferentes alas da DC. O congresso democrata-cristão de Roma (fevereiro 1989), elegeu Arnaldo Forlani como Secretário, enquanto Ciriaco De Mita foi nomeado simbolicamente Presidente do partido, cargo que ele abandonou em fevereiro de 1990 por divergências com a Secretaria. A derrota de De Mita teve repercussão sobre o governo, que em maio, logo depois dos congressos do PRI e do PSI, não teve outra escolha se não demitir-se. Nos anos Noventa cresceu muito a desconfiança e a crítica dos cidadãos em relação a todos os partidos. Nas eleições regionais de 1990 afirmaram-se de fato novas forças políticas, como os movimentos Verdes e as Ligas Regionalistas, sobretudo a Liga Lombarda, enquanto os partidos tradicionais entraram em crise. O partido comunista dividiu-se em duas facções em 1991: o PDS (a maioria) dirigido pelo Secretário Achille Occhetto, e Rifondazione comunista (a minoria) dirigida por Ingrao. O ano de 1992 foi particularmente difícil. As eleições de abril confirmaram a crise dos partidos tradicionais: mínimo histórico pela DC, perda dos socialistas e dos comunistas do PDS, aumento das Ligas e dos Verdes. Em maio Oscar Luigi Scalfaro foi eleito Presidente da República. No dia 23 de maio Giovanni Falcone, diretor da secção Negócios Penais do Ministério de Graça e Justiça, foi morto com a esposa e três agentes de escolta em um atentado organizado pela máfia. No dia 19 de julho a explosão de uma auto-bomba em Palermo matava o Juiz Paolo Borsellino e cinco homens da escolta. Além disso um clamoroso inquérito judicial chamado "Mãos limpas" levou à incriminação e prisão de muitos políticos (sobretudo democrata-cristãos e socialistas) com a acusação de ter recebido propinas muito elevadas de empresas favorecidas na atribuição de obras públicas. Com todas estas acusações (chamadas de "Tangentopoli") o sistema dos partidos tradicionais entrou definitivamente em crise. Com as novas eleições no mês de março de 1994, que se realizaram segundo um novo sistema eleitoral majoritário que entrou em vigor em 1993, os velhos partidos foram nitidamente derrotados por novas formações entre as quais Forza Itália e Alleanza Nazionale. O líder de Forza Itália, Silvio Berlusconi, foi eleito Presidente do Conselho, mas as suas manobras financeiras criaram descontentamento nos cidadãos que serviram-se da greve para protestar. No final de 1994, sob ataque também dentro do próprio governo, teve que apresentar a sua demissão.  Em janeiro de 1995 L. Dini formou um governo de técnicos. No mês de abril de 1996 foram feitas as eleições políticas antecipadas, que viram premiada a coalizão de centro-esquerda chamada L'Ulivo

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